Potros, quando nascem, ficam expostos a vários agentes infecciosos, pois não possuem imunoglobulinas, adquirindo-as apenas após transferência de imunidade passiva pelo colostro.
Porém alguns neonatos podem ter falha de transferência passiva (FTP) com níveis séricos inferiores a 400 mg/dL de IgG. Se os níveis de IgG não atingirem este valor mínimo é possível afirmar que os potros terão infecções severas. Valores iguais ou acima de 800 mg/dL de IgG são considerados ideais.
A imunidade transferida seria de extrema importância para a sobrevivência, pois animais doentes e sem proteção geram perdas e morte em grande parte dos casos, a exemplo do Rhodococcus equi, um dos responsáveis por pneumonias e mortalidade nesta fase da vida.
O uso de plasma em todos os recém-nascidos, apesar de ser prática comum entre criadores e veterinários, encarece os cuidados neonatais. Salientamos que para fazer a transfusão em um potro que necessite serão necessários de 2 a 4 litros de plasma hiperimune administrados lentamente, 1 litro por hora.
Com o advento do teste rápido de detecção de IgG é possível testar com até 24 horas do nascimento os animais e identificar aqueles que realmente necessitam de suplementação.
Após terapia, o reteste verifica se ela foi eficiente, diminuindo gastos, riscos e mortalidade ocasionada pela falha de transferência passiva.
